Como Foi a Morte de Jesus Cristo na Cruz? | Estudo Bíblico

Como aconteceu a morte de Jesus Cristo? Sem dúvida, a morte de Jesus foi seguida vários fenômenos miraculosos. Desde a hora sexta, por volta do meio-dia, as trevas cobriam a terra.

Jesus manifesta um dos maiores tormentos de um crucificado, “Tenho sede” (Jo 19:28-29). A grande perda de sangue, trazia esta terrível sensação, que foi profetizada como um dos sofrimentos que o Messias passaria, próximo da hora de sua morte.

“Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.” João 19:28

“e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.” Salmos 22:15

Um dos presentes tenta ajudá-lo, oferecendo uma esponja pendurada em um galho de hissopo (uma planta medicinal), contendo um tipo de vinho acre, chamado na época de “vinagre”.

A morte de Jesus é salvadora

Jesus prova do vinho e declara suas últimas palavras na cruz: “Está consumado”. Em seguida João relata o texto mais dramático de toda a escritura, a morte de Jesus Cristo.

“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” João 19:30

O criador experimentava assim, os sofrimentos e a morte da criatura. Um segredo que estava escondido nos mistérios de Deus. Nenhum ser criado poderia imaginar que Ele, אלהים Elohim, o Majestoso criador, se submeteria a tão ignóbil humilhação.

A remissão e o perdão dos pecados só foi possível através desse alto preço. Preço de sofrimento, agonia, suplício e sangue. E é somente a morte de Jesus, e esse sangue que tem o poder de lavar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

Era a hora nona, as três da tarde, hora em que se oferecia o sacrifício vespertino no templo. Mas o próprio Deus se fazia em sacrifício eterno, de uma vez por todas.

O sacrifício, a morte de Jesus, oferecida uma única vez, era muito superior e substituía todos os outros.

O véu do templo se rasga na morte de Jesus

A entrada do santuário estava fechada com dois véus. O primeiro separava o Lugar Santo do vestíbulo. O Segundo ficava entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos.

Ambos eram feitos de tecidos muito espessos. Utilizavam fios de ouro e de púrpura e eram bordados de querubins. Era necessário uma força sobre-humana para rasgá-los de alto a baixo.

“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; ” Mateus 27:51

Na Lei, somente o sumo sacerdote podia, uma vez ao ano, na Festa da Expiação, entrar no Santo dos Santos, para oferecer sacrifício por si e pelo povo.

Mas a partir da morte redentora de Jesus, toda humanidade poderia chegar-se a Deus diretamente. Todas as barreiras foram removidas pela Nova Aliança.

Todo ser humano tem agora acesso ao Pai nosso, sem depender de sacerdotes, teologias, dogmas, doutrinas, costumes ou liturgias.

Há três relatos fora dos evangelhos que afirmam que nos dias da morte de Jesus, o templo foi palco de um desastre que causou espanto a todos os judeus. O historiador Flávio Josefo diz que houve uma noite em que a porta oriental do templo se abriu sozinha.

A morte de Jesus e o terremoto a ressurreição de mortos

Com a morte de Jesus, houve um terremoto. A terra tremeu em Jerusalém, e várias sepulturas cavadas na rocha abriram-se. E muitos santos foram ressuscitados.

“E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.” Mateus 27:52-53

A morte de Jesus é confirmada por um soldado

Ao pôr do sol começaria o sábado. Os romanos deixavam os corpos na cruz por muitas horas. Algumas vezes até entrarem em decomposição ou serem devorados por feras ou aves de rapina.

Entretanto, pela Lei, um corpo não poderia permanecer na cruz por tanto tempo, pois faria com que toda a terra de Israel fosse profanada.

“Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro, ” Deuteronômio 21:22
“O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança.” Deuteronômio 21:23

Por isso antes da morte de Jesus, os membros do Sinédrio, pediram a Pilatos que abreviasse a vida dos crucificados, quebrando-lhes as pernas. E assim o fizeram com os dois ladrões.

Mas quando chegaram a Jesus, viram que ele já estava morto. Um dos soldados, para se certificar, transpassa o peito de Jesus, no seu lado.

“Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. ” João 19:32-33

E dele saiu sangue e água. Sangue para purificação e água para a lavagem dos nossos pecados.

A morte de Jesus na visão da medicina

Segundo a visão médica, isso aconteceu porque o pericárdio, uma bolsa muito fibrosa que reveste o coração, estava cheio de líquido, em razão da posição em que o crucificado era pregado à cruz.

A perda de sangue e a sufocação causavam derrame pericárdico. O coração ficava impedido de se expandir e bombear o sangue, causando falência cardíaca.

“Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” João 19:34

E assim se cumpriam as profecias da morte de Jesus. Deus não permitia que os judeus quebrassem os ossos do cordeiro pascal, que era um símbolo de Jesus.

“Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado. “João 19:36

E estes mesmos que o crucificaram um dia, o verão, e prantearão e não poderão subsistir diante dele.

“e olharão para mim, a quem traspassaram;” Zacarias 12:10
“E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram.” João 19:37

Bendita é esta esperança, para aqueles que o amam e o aguardam.

Maranata!

Sobre o autor |Website

Cursou hebraico bíblico, geografia bíblica, Novo Testamento, e estudos do Apocalipse; é especialista em estudos da Bíblia, certificado pelo Israel Institute of Biblical Studies, autor do livro Gênesis, o livro dos patriarcas.

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1 Comentário

  1. Amauri disse:

    Muito bom o estudo